Audiência pública discute o retorno das obras do Hospital da Mulher

por Comunicação — publicado 26/11/2021 19h03, última modificação 11/10/2024 08h26
Audiência pública discute o retorno das obras do Hospital da Mulher

Foto: Vladimir Barreto


A audiência aconteceu na sexta-feira (26) e foi proposta pelo parlamentar Mano do Som (Democratas). Estiveram presentes na galeria da Câmara e virtualmente, a deputada estadual Priscila Krause (Democratas), o presidente da Casa Bruno Lambreta (PSDB), os vereadores Izaac da Saúde (Cidadania), Irmão Ronaldo (PROS), Aline Nascimento (Cidadania), o propositor da audiência, Mano do Som, representantes de movimentos sociais, representantes da OAB e especialistas da saúde. 

A deputada Priscila falou sobre a falta de interesse e sensibilidade por parte do Governo do Estado na conclusão das obras. De acordo com Krause, foram gastos R$ 28 milhões nas obras, a ordem de serviço era para 2013 e até agora nada. “O Governo afirma que está abrindo um novo processo de licitação para o retorno das obras, mas não temos nenhuma informação sobre o retorno, nem no Diário Oficial nem no Portal da Transparência. Nós queremos um posicionamento oficial do Governo e não um roteiro de marketing. O Estado tem dinheiro no caixa, falta compromisso”, disse a deputada. 

A advogada e membro da Comissão de Direito Médico e da Saúde da OAB, Fernanda Martins, destacou o dado de que 91 mulheres vão à óbito em decorrência do parto. Ela também afirmou que o Hospital Jesus Nazareno realiza 370 partos mensais  e que 60%  deles são considerados de alto risco. “Além dos partos, a unidade atende outras demandas relacionadas à maternidade. É  institucionalmente e humanamente impossível que o centro dê conta de atender essas mulheres de forma digna”. 

Izaac da Saúde falou sobre as pacientes que são transferidas até a capital do Estado. “São duas horas até chegar em Recife e quando essas mães chegam lá não são atendidas de imediato, elas ficam perambulando de hospital em hospital até achar uma vaga”, ressaltou o vereador. A doula, Gláucia Galindo reiterou a importância da conclusão das obras do Hospital da Mulher. “É preciso evitar as transferências, muitas mulheres acabam se sacrificando financeiramente para não ir até Recife. Outras acabam fazendo a cesárea por não ter um espaço adequado onde elas possam ter um parto mais humanizado”. 

O presidente da Casa e o vereador Mano afirmaram que o Poder Legislativo continuará cobrando o retorno das obras e fizeram um apelo ao Governo do Estado para que o mesmo tenha sensibilidade com a causa, tendo em vista que o hospital atenderá boa parte da região agreste.

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