Caruaru ocupa segunda posição no ranking de violência contra a Mulher
Dados coletados pela Secretaria de Políticas para Mulheres e o Centro de Referência da Mulher Maria Bonita comprovam a triste realidade vivida por centenas de famílias em Caruaru. O Município fica atrás apenas de Recife, com 1.372 casos registrados de violência doméstica já em 2018. E se voltarmos esse olhar para a taxa proporcional de números de habitantes, a capital do agreste pula então para a primeira posição.
Essa estatística foi a apresentada durante a reunião ordinária para votação de dois Projetos de Lei de autoria do Poder Executivo para adoção de políticas públicas de enfrentamento a violência feminina e outros 27 requerimentos da ordem do dia, a convite da Câmara. Após análise criteriosa das comissões da casa - que segundo a então secretária da pasta da mulher, Pérpetua Dantas, contribuiu com valiosas emendas para eficácia das proposições por intermédio de sugestões dos vereadores presentes na reunião – os dois documentos tiveram aprovação unânime do plenário que não só entendeu a importância das leis que garantam o empoderamento feminino, mas também demonstraram apoio massivo à causa.
A gerente de enfrentamento à violência, Joana Figueiredo, iniciou a apresentação chamando a atenção para relevância dos dados apresentados. “Políticas Públicas só podem ser construídas em cima de dados que comprovem a urgência de construção dessas políticas”. Os números obtidos pelo levantamento demonstram a justificável preocupação do grupo. Caruaru apresentou em 2017, um total de 14 vítimas fatais dessa violência. Durante o momento, as convidadas da casa, ainda lembraram os presentes que antes de números esses dados representam vidas. Vidas que foram salvas por meio de ações e acolhimento e ainda as que infelizmente não foram alcançadas pelo projeto. E por esse motivo, discussões como a promovida na ocasião se fazem vitais para sucesso dos trabalhos.
O Poder Legislativo de Caruaru é um instrumento do povo para fomentar, criar e articular meios que atendam com eficácia as demandas sociais, como essa do enfrentamento à violência familiar. Por esse motivo, não mede esforços para abrir espaço para debates assim. Com o engajamento de todos, sociedade Civil e poder público quem ganha é a população caruaruense.