Tribuna: temas debatidos diariamente pela população são evidenciados na casa sob um novo enfoque

A 21ª reunião ordinária do ano, que ocorreu nesta terça (23), expôs contextos muito mais aprofundados de discussões debatidas no cotidiano da nossa sociedade, como a regulamentação dos carros dos aplicativos; a responsabilização da Compesa pelos transtornos de infraestrutura no município; requalificação do centro e a retirada de lombadas eletrônicas da cidade. No momento, parlamentares também demonstraram estarem atentos a discussão do novo plano de cargos e carreira dos agentes de Destra que deve ser apresentado à casa para votação. A seguir, os principais destaques:

Após o anúncio de que em breve será apresentado à Câmara de Caruaru um projeto de lei que regulamente os carros e aplicativo UBER na cidade, o vereador Daniel Finizola (PT), líder da oposição, usou a tribuna para pedir atenção a temas delicados ligados à questão e que vão além dos tópicos exaustivamente debatidos quando se trata da regulamentação desses carros. 

Para o parlamentar, além de cobrar que os aplicativos sejam mais rigorosos com os antecedentes dos motoristas que se dispõem a rodar por eles, e cumprimento legal com as obrigações de impostos - assim como os taxistas e mototaxistas já fazem – é importante estarem atentos às taxas que o UBER cobra dos seus condutores, que é de 25%. 

Um valor abusivo, segundo ele, e que deve ser compreendido também dentro da discussão que será gerada na casa, até mesmo para saber apontar com justiça quem deverá ser o responsável pelo imposto: empresa ou o prestador do serviço. Daniel também destacou a importância de se valorizar iniciativas surgidas de startups que criaram aplicativos para esse tipo de transporte de passageiros aqui dentro de Caruaru mesmo. Essas ideias foram apoiadas pelo líder de governo, o vereador Bruno Lambreta (PDT), que destacou o interesse da prefeita e exaurir todas essas questões em um debate mais aprofundado para que toda a população caruaruense se beneficie desse projeto de lei que o Poder Executivo deverá mandar para discussão na Câmara.

A velha questão da Compesa e os problemas com os rasgos realizados nos calçamentos da cidade para manutenção da rede de esgoto volta a ser debatido em plenário. O vereador Leonardo Chaves (PDT) relembra que até o simples verdureiro para vender seu produto na feira deve pagar taxa de uso do solo, enquanto que a referida empresa não precisa desprender nenhum valor para realização das suas atividades e, segundo ele, deixam o prejuízo por conta do município. O edil cobra ainda que a concessão e utilização do solo dessa e de empresas de telefonias celulares, bem como a de fornecimento de energia (Celpe) sejam revistas pelo poder público.

Por outro lado, o vereador Marcelo Gomes (PSB) tenta justificar a atual situação da companhia pernambucana de abastecimento de água perante o município. Ele menciona o convênio de encontro de contas que existia entre a empresa e a prefeitura e que foi encerrado abruptamente, em suas palavras. O parlamentar conta que se encontrou recentemente com o gerente regional da Compesa em Caruaru, Mário Heitor, e entendeu o que vem ocorrendo nesses últimos tempos. Portanto, defende que recapeamento e calçamento, por não ser atividade principal da abastecedora, demanda uma dificuldade maior para conseguir contratar terceirizadas que prestem esse serviço com qualidade. 

Já na levada do posicionamento do Governo Federal sobre a função e utilidade dos radares que funcionam como redutores de velocidade, o vereador Galego de Lajes (PSD) denuncia a sua preocupação diante da retirada de lombadas em diferentes pontos da cidade, principalmente em Lajes. Segundo ele, essas lombadas foram as responsáveis diretas pela drástica redução no número de acidentes com vítimas na região. Ele questiona o que seria tratado como uma economia com manutenção desses equipamentos e é congratulado e apoiado por seus pares.

O presidente do Poder Legislativo de Caruaru, o vereador Lula Tôrres (PDT), chama atenção para o aumento do gasto público com saúde, caso os acidentes por excesso de velocidade voltem a ocorrer com expressividade. E destacou que a manutenção das lombadas nem se compara com os valores destinados ao reforço dos hospitais para atendimento das vítimas.